
mundos da lua: um antitexto como antiloa à ela
mulher e negra. uma lua que se escondeu sob o viaduto. bem ali. ao olhos da uel

talvez tenha sido luana. talvez padovani. já não se lembrava desde que não era mais presente no curso abandonado. e depois no curso de artes. até que veio a loucura

e na loucura não queria nem os amigos. bem vinda era somente a fome de criar um mundo todo e inteiramente seu e só seu suspenso ali

na solidão danada povoou as paredes de seu viadutoedificio com seres de barro e tinta.descartes e cola

mulheres e homens. industria cultural e velocidade. casa e galeria. rua. estrada. estranhos. e ventania



abandonada por todos e arredia com todos dialogava apenas com as paredes. e com leituras. ou fantasmas de leituras. coisas misturadas na cabeça. como tintas.
um dia ela desapareceu. coisas de seu ciclo. mas continuou sumida. suas coisas também não estavam mais lá. talvez tenha levado.

semanas depois encontraram um corpo. estava num dos lagos da cidade. era o corpo da lua. poucos sentiram sua falta como a sua hortajardim. parece que só ele pede justiça.