
Györgyo Ligeti e a organização do ruído

Ligeti. György Ligeti, 1923-2006. Um compositor. Ou pelo menos, muitos. Na música erudita poucos transgrediram como ele na organização do ruído, exercitando um cromatismo em volumosas massas sonoras, timbres eletrônicos, sons de pigmeus.
Judeu-húngaro nascido numa vila de nome impronunciável na Romênia, foi o único sobrevivente de sua família, junto com sua mãe. Estudou em Budapeste e foi um alívio quando saiu da Hungria e se naturalizou austríaco, assim teve a liberdade de compor suas piras sem ser molestado pela censura e pelo controle do Partido Comunista
Kubrick usou composições de Ligeti em 2001, Uma Odisséia no espaço, Atmosphères, pedaços de Lux Aeternae, além do Requiem. A critica correu tecer aproximações estético-filosófcas entre ambos. Mas se calou ao fato de Ligeti ter detestado a apropriação do cineasta. Em De olhos bem fechados Kubrick empregou novamente composiçoes do amigo, a Musica ricercata 1 e 2. Talvez Ligeti tenha gostado, não se sabe.
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