
luis f. reis
1.
Não tenho um tema em específico para trabalhar, acho que tudo pode ser fotografado desde algo pequeno e simples, até algo grande e rebuscado, o que conta é a maneira que eu irei "enquadrar" o cenário, inclusive inserindo ou não elementos. Mas gosto muito de fotografar pessoas, acho desafiador conseguir expressar o melhor de alguém através de uma foto, acho maravilhoso retratos, mas as que mais me interesso são as que consigo encontrar alguma interação da pessoa fotografada como ambiente em que se encontra.
2.
Não tenho uma preferência, aprendi já na era digital e me mantenho nesse meio, mas ainda tenho vontade de aprender muito sobre a fotografia analógica. Sim, em todo trabalho que eu faço existe alguma pós-produção, de maneira geral a pós-produção é bem básica verificando questões de exposição, contraste, as tonalidades das cores, uso o Photoshop mesmo para mudanças grandes da imagem só quando acho necessário ou quando já penso em como irá ficar o produto final. Acredito que a arte fotográfica vem evoluindo com o tempo, como disse não uso recursos muito profundos, mas em toda arte acho válido que aja intervenção com outros meios digitais, se ela cumpre seu propósito, está valendo.
3.
Como registro aquilo que me agrada não me preocupo se interfiro no objeto que irei fotografar ou não. Acredito que a partir do momento que você já pensa em algo para ser fotografado e você se posiciona para encontrar o “melhor” ângulo, isso tudo já seja um processo de planejamento. Mesmo o ato de estar com um câmera na mão, já prepara o olhar do fotografo para o cenários que surgem pra ele.
4.
Acho que nunca havia pensado sobre isso, mas reparei que por viver numa rotina constante e já conhecer quase que naturalmente as pessoas e os lugares de onde vivo, dificilmente consigo encontrar algo para fotografar, tanto que quando viajo, mesmo para cidades próximas, já acho tudo encantador e tudo chama a atenção para ser fotografado. Se tem algo que me incomoda é essa “naturalização” do olhar.
5.
De inicio pode-se dizer que sim, quando eu comecei a trabalhar um pouco mais com fotografia, os primeiro nome que aparecem são os de grandes fotógrafos, Sebastião Salgado, Cartier Bresson, Annie Leibovitz, Robert Capa, Steve McCurry e por ai vai. Mas aos poucos você vai se aproximando mais de uns do que de outros, uma fotógrafa que gosto muito atualmente é Vivian Maier, acho que tanto a história dela e o estilo dela de fotografar fizeram dela, uma das minha favoritas. Não posso deixar de mencionar que estar entre fotógrafos inspira muito, e o fotoclubismo auxilia muito nesse sentido, tenho um carinho mais que especial pelo Fotoclube de Londrina que me acolheu muito nos anos que vivi em Londrina, apesar de ainda associado ao Fotoclube, sinto muita falta desse “contato”.



