
noite de amor, por karl marx
tradução de jardel dias cavalcanti
Perturbado, trêmulo, ele a aperta no seu peito
E a fixa com um olhar soturno:
- Amado, consumido pelo sofrimento,
Você treme sob a minha respiração.
Oh, você bebeu minha alma
E seu ardor é meu, meu!
Brilhe ó minha joia, com todos os seus fogos!
Corado, sangue da juventude.
- Amada, seu rosto está tão pálido
Tão estranhas as suas palavras
Olhe! Esses mundos celestes
Que volteiam, vibrantes de música.
- Eles vibran e pairam, minha doce amiga
E brilham como uma explosão de fogo ...
Fujamos pars os céus infinitos!
Que nossas almas em fusão sejam uma!
Tendo murmurado essas palavras,
Ele olha com temor ao redor,
E seus olhos de adaga brilham
Faiscando chamas de fogo.
-Oh amada, você bebeu o veneno ...
Comigo, você tem que fugir ...
A noite caiu,
O dia foi embora.
Confuso, trêmulo, ele aperta-a em seu peito,
Seios e respiração pegos pela morte
Transpassados de dor...
Então seus olhos se fecham – para sempre.

que marx amava poesia, que sua obra havia sido atravessada por ela, quem poderia duvidar disso? basta um ligeiro olhar em seus escritos para se convencer - mesmo os mais tardios, a maioria marcada com o selo da economia, contaram com a presença de homero, horácio, lucrécio, dante, milton, goethe e heine, em notas, citações e referências que existiam ao lado de adam smith, ricardo ou stuart mill.
sim, marx sempre amou a poesia, frequentava-a diariamente, recitava-a para seus amigos, opara sua família. ele também a escreveu, apaixonada e abundantemente, por um curto período de sua juventude...
jdc