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noite de amor, por karl marx

tradução de jardel dias cavalcanti

Perturbado, trêmulo, ele a aperta no seu peito

E a fixa com um olhar soturno:

- Amado, consumido pelo sofrimento,

Você treme sob a minha respiração.

 

Oh, você bebeu minha alma

E seu ardor é meu, meu!

Brilhe ó minha joia, com todos os seus fogos!

Corado, sangue da juventude.

 

- Amada, seu rosto está tão pálido

Tão estranhas as suas palavras

Olhe! Esses mundos celestes

Que volteiam, vibrantes de música.

 

- Eles vibran e pairam, minha doce amiga

E brilham como uma explosão de fogo ...

Fujamos pars os céus infinitos!

Que nossas almas em fusão sejam uma!

Tendo murmurado essas palavras,

Ele olha com temor ao redor,

E seus olhos de adaga brilham

Faiscando chamas de fogo.

 

-Oh amada, você bebeu o veneno ...

Comigo, você tem que fugir ...

A noite caiu,

O dia foi embora.

 

Confuso, trêmulo, ele aperta-a em seu peito,

Seios e respiração pegos pela morte

Transpassados de dor...

Então seus olhos se fecham – para sempre.

20190502_085717.jpg

que marx amava poesia, que sua obra havia sido atravessada por ela, quem poderia duvidar disso? basta um ligeiro olhar em seus escritos para se convencer - mesmo os mais tardios, a maioria marcada com o selo da economia, contaram com a presença de homero, horácio, lucrécio, dante, milton, goethe e heine, em notas, citações e referências que existiam ao lado de adam smith, ricardo ou stuart mill.

sim, marx sempre amou a poesia, frequentava-a diariamente, recitava-a para seus amigos, opara sua família. ele também a escreveu, apaixonada e abundantemente, por um curto período de sua juventude...

jdc

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