
Duchenne de Boulogne: fotografia, eletricidade e neurologia no século 19
Guillaume-Benjamin-Armand Duchene, ou simplesmente Duchene de Boulogne, 1806-1875, era um médico neurologista do hospital Salpetrière, morador do temido numero 33, no Boulevard des Italiens, em Paris. Dedicava-se também às artes. E aos estudos e aplicações da eletricidade.

Duchene de Boulogne tirava pacientes do manicômio, conduzia-os ao seu apartamento e la fazia aplicações de correntes elétricas para efeitos terapêuticos, para as suas considerações estéticas, mas sobretudo, para seus estudos de fisionomia. Todo experimento era registrado por recursos fotográficos.


Sim. Esse cara foi um dos pioneiros das eletroterapias para desordens neuropsiquiátricas. E da fotografia. Mas o que lhe interessava mesmo eram as relações neuromusculares com os humores. Com os paciente de Salpetrière ele utilizava eletrodos para a contração muscular facial, que eram registradas pelo processo de colódio úmido, o que reduzia o tempo de exposição, o que nesse caso significava o limite entre ciência, arte, sofrimento e tortura.





_edited.png)
Suas pranchas ilustraram seus tratados médicos, como o Mecanismo da fisionomia humana ou Análise eletro-fisiológica da expressão das paixões aplicáveis à pratica das artes plásticas, que você pode ler online ou baixar a edição de 1862 , em francês AQUI