
antigoon e brabo, por marco soares
ANTIGOON
Atravessei toda a extensão que de mão a mão cobre teus braços
Descí e subi pelo teu eixo
Te lavei com mijo e meu amor.
Sim eu reles mortal mediano até nas estruturas
Mordi essa bunda de gigante que divertiu-se com a minha pequenez
Ora saltando
Ora sentando
Ora sendo apenas profundamente meu
Pegou minha mão direita e a atirou ao centro daquele continente
Depois me afogou nas águas monótonas e rasas para seres daquela estatura
(de quem serão esses pelos em minha boca?)
BRABO
Menino curto que meus braços enlaçam força minha entrada nesse apertado centro que cubro de beijos menino pequeno de pele parda que agrada minha grandeza entre mordidas e dedadas presa que não tem pressa de se soltar das minhas garras menino mínimo que se abre e pede e desiste e pede e para e pede implora e encara segura a parede e treme e geme e ri e freme e chora.
Um visco branco escorre pela parede. Um visco vermelho escorre pelas minhas pernas.